MATÉRIA SUPERDENSA NO UNIVERSO

Matéria Superdensa
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Fonte: LIGO

O século 21 começou sem uma resposta satisfatória para um dos maiores enigmas da física da matéria: sob que condições manifestam-se na natureza os graus de liberdade fundamentais da matéria fortemente interagente, quarks e glúons, descritos pela Cromodinâmica Quântica, ou QCD, na sigla em inglês. É consenso que esses graus de liberdade fundamentais estiveram presentes nos primeiros instantes da história do Universo, já que este passou por um processo que confinou os quarks e glúons no momento em que sua temperatura baixou para algo em torno de 150 MeV, resultando na formação da matéria hadrônica ordinária. Experimentos recentes conseguiram recriar, por períodos extremamente curtos, o plasma de quark-gluon em condições similares às do regime cosmológico. No entanto, existem no Universo atual outros sítios onde se espera que os graus de liberdade da matéria hadrônica apareçam e possam ser relevantes: o interior das estrelas superdensas, no qual a temperatura atinge 10 bilhões de graus Kelvin e a densidade ultrapassa o valor da densidade de saturação nuclear. Desse modo, o estudo sistemático e abrangente de sistemas que contêm estrelas compactas fornece a possibilidade real de avançarmos na compreensão do diagrama de fases. Porém, é necessário apontar que pela complexidade desses objetos, não é possível avançar substancialmente utilizando apenas um número limitado de linhas de pesquisa e ferramentas, tanto teóricas quanto observacionais. Neste projeto Temático, propomos e executamos  uma série bastante abrangente de estudos destinados a melhorar a compreensão do problema das estrelas compactas e seu interior. Diante de novos resultados astronômicos oriundos de recentes missões espaciais, faz-se necessário um avanço teórico que explique a fenomenologia dos objetos compactos revelados. É nesse ponto que este projeto se insere com o objetivo de unir forças de seis instituições paulistas de excelência em astrofísica de estrelas compactas: ITA, IAG-USP, INPE, UNIFESP, UFSCAR e IFSP. 

 

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Manuel Malheiro

Divisão Ciências Fundamentais
Departamento de Física
Instituto Tecnológico da Aeronáutica (ITA)
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Processo FAPESP  2013/26258-4