DIVISÃO DE ASTROFÍSICA DO INPE DESENVOLVE CUBESAT PARA DETECTAR EXPLOSÕES CÓSMICAS EM RAIOS X

Cubesat
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Fonte: Luiz Antonio Reitano

O grupo de astrofísica de altas energias da Divisão de Astrofísica do INPE está desenvolvendo um experimento de astronomia de raios X denominado LECX (Localizador de Explosões Cósmicas de Raios X) que constituirá a carga útil do cubesat nanoMIRAX (plataforma 2U). A ideia é realizar varreduras do céu à procura de explosões cósmicas que tenham o pico de sua distribuição espectral de energia na faixa de raios X duros/raios gama de baixa energia do espectro eletromagnético. Em particular, acredita-se que surtos de raios gama curtos de espectro duro (SGRBs, na sigla em inglês) sejam as contrapartidas eletromagnéticas de alguns eventos de ondas gravitacionais (OG) que estão sendo observados pelo consórcio LIGO/VIRGO; portanto, observações simultâneas de eventos de OG e SGRBs são de extrema importância na nova era de astrofísica multimensageira. O LECX inclui 4 unidades de detectores CdZnTe de 10mmx10mmx2mm e um sistema de blindagem passiva. Um novo método de determinação angular de fontes pontuais brilhantes foi desenvolvido e propiciará a localização de SGRBs com precisão de alguns graus. A empresa CRON de S. J. dos Campos obteve aprovação de um projeto PIPE da FAPESP e está desenvolvendo a plataforma do satélite, enquanto que o grupo de astrofísica de altas energias do INPE está desenvolvendo o experimento LECX. 

A imagem mostra uma renderização computacional de uma placa de cubesat na qual está montado o experimento LECX. A figura mostra uma seção; a outra metade é igual. A placa tem 10cm x 10cm. Note-se dois detectores de raios X (de um total de 4) em roxo.  
 

João Braga

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